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Ararinhas-azuis chegam ao Brasil em mais um marco histórico para a conservação da espécie
3 de fevereiro de 2025Petrolina, 29 de janeiro de 2025 – Às 18h40 do dia 28 de janeiro, a aeronave transportando 41ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) de Berlim, Alemanha, pousou no Aeroporto Internacional de Petrolina, Brasil. Esta operação foi coordenada por meio de uma parceria internacional entre a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), o Greens Zoological Rescue and Rehabilitation Center (GZRRC), que faz parte da Vantara, na Índia, e a BlueSky, com o apoio do IBAMA, ICMBio, Receita Federal, Polícia Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO) e CCR Aeroportos.
As aves chegaram em boas condições de saúde, acompanhadas por veterinários da ACTP e do GZRRC da Vantara, garantindo que todo o processo logístico fosse conduzido com segurança e mínimo estresse para os animais. Após a chegada ao Brasil, elas passaram por uma rigorosa inspeção da Polícia Federal, Receita Federal, MAPA, ADAGRO e IBAMA.
Para garantir o bem-estar das ararinhas, as operações aeroportuárias foram adaptadas pela CCR Aeroportos, permitindo um desembarque ágil e uma rápida inspeção, minimizando a exposição a fatores externos. Após a liberação, um comboio escoltado pelo IBAMA e ICMBio transportou as aves para o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão), onde passarão por um período de quarentena em uma instalação reformada pela BlueSky. Durante esse período, as ararinhas permanecerão sob monitoramento veterinário antes de serem transferidas para o centro de reintrodução em Curaçá (BA).
Uma equipe veterinária local já estava a postos no IF Sertão para supervisionar o processo de recepção, seguindo todos os protocolos sanitários e priorizando o conforto e a adaptação das aves ao novo ambiente.
Para Ugo Vercillo, Diretor da BlueSky, essa operação representa mais um passo essencial para a preservação da espécie. “A chegada dessas novas ararinhas reforça nosso compromisso em dar continuidade aos processos de soltura planejados pelo Projeto de Reintrodução da Espécie, fortalecendo os esforços para evitar uma nova extinção da ararinha-azul e consolidando sua população na natureza no bioma Caatinga”, afirmou.
Com essa última transferência, um total de 101 aves já foram enviadas pela ACTP ao Centro de Reintrodução em Curaçá. Isso significa que a organização já enviou ao Brasil um terço da população total da espécie. O Dr. Cromwell Purchase, Diretor da ACTP no Brasil, destacou o compromisso da ACTP com o futuro: “Nosso compromisso é enviar ararinhas ao Brasil todos os anos, enquanto pudermos continuar reintroduzindo a espécie na natureza”.
A ararinha-azul foi declarada extinta na natureza em 2000, após décadas de captura ilegal e degradação do habitat. Graças à cooperação internacional entre centros de reprodução, zoológicos e o governo brasileiro, a espécie foi reproduzida em cativeiro, permitindo sua reintrodução gradual no bioma Caatinga.
Em 2020, um grupo de 52 ararinhas chegou ao Brasil, marcando o início do projeto de reintrodução. Em 2022, 20 dessas aves foram soltas na natureza em Curaçá (BA). Desde então, os esforços de conservação têm mostrado resultados promissores: sete filhotes já nasceram na natureza, destacando o sucesso da adaptação dos indivíduos reintroduzidos e abrindo caminho para a consolidação da espécie no ambiente natural. Como ocorre naturalmente na vida selvagem, algumas aves foram predadas, e hoje 11 indivíduos vivem livremente
Desde 2023, o projeto de reintrodução da ararinha-azul conta com o apoio do GZRRC da Vantara, cuja equipe especializada auxiliou na transferência das aves ao Brasil. Dr. Brij Kishor Gupta, Diretor do GZRRC da Vantara, explicou o papel da organização na parceria: “O GZRRC da Vantara é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao resgate, tratamento e cuidados permanentes de animais silvestres em condições críticas, além da reabilitação e reintrodução de espécies ameaçadas em seus ecossistemas nativos. Através de estratégias de conservação baseadas em evidências e colaborações globais, contribuímos ativamente para a preservação da biodiversidade. É uma honra estar no Brasil, aplicando nossa expertise e recursos para apoiar essa iniciativa inovadora e ajudar na restauração da população da ararinha-azul na natureza”.
A cooperação com o GZRRC da Vantara, na Índia, tem sido fundamental para ampliar os esforços de conservação. O suporte logístico fornecido pelo centro indiano facilitou novas estratégias de reprodução em cativeiro e transporte internacional das aves, garantindo a continuidade do projeto de reintrodução da ararinha-azul.
Sobre o Projeto de Reintrodução da Ararinha-Azul
Iniciado em colaboração com instituições nacionais e internacionais, o projeto é um exemplo bem-sucedido de cooperação global na recuperação de uma espécie extinta na natureza. Depois de anos de esforços científicos e conservação coordenada, a ararinha-azul está gradualmente retornando ao seu habitat natural, um feito que reflete o poder da ciência e da união para salvar espécies ameaçadas.
Sobre a BlueSky
A BlueSky é uma empresa comprometida com a restauração ambiental e a conservação da biodiversidade no bioma Caatinga. Por meio da tecnologia e inovação, já restaurou mais de 300 hectares de áreas degradadas e tem a meta de reflorestar 50.000 hectares nos próximos anos. A empresa também lidera a gestão do Centro de Criação Científica para Fins de Conservação, em Curaçá- BA, contribuindo diretamente para o Projeto de Reintrodução da Ararinha-Azul.
Por meio do reflorestamento, educação ambiental e engajamento comunitário, a BlueSky promove ações que beneficiam a fauna, a flora e as comunidades locais, consolidando-se como uma aliada fundamental na conservação da Caatinga e no combate às mudanças climáticas.
Sobre a ACTP
A Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), com sede em Berlim, é uma organização internacional dedicada à proteção de aves ameaçadas. Especialista em reprodução em cativeiro, a ACTP desempenha um papel fundamental no planejamento e execução da reintrodução das ararinhas- azuis ao seu habitat natural. Através de seu Centro de Reprodução de Psitacídeos, em Berlim, a ACTP emprega ciência de ponta e parcerias globais para garantir o futuro desta e de outras espécies criticamente ameaçadas, consolidando-se como uma referência mundial em conservação.
Sobre a Vantara & GZRRC
O GZRRC, localizado em Gujarat, Índia, é parte do Vantara, uma iniciativa inovadora de proteção da vida selvagem dedicada ao resgate e cuidado de animais feridos, abusados e ameaçados, bem como à conservação de espécies dentro e fora da Índia. Fundado pelo filantropo Anant Ambani, o Vantara ocupa uma área de 3.500 hectares, recriando ambientes naturais essenciais para a recuperação e bem-estar de espécies resgatadas. Através de práticas científicas avançadas, a Vantara contribui para programas de reprodução, reabilitação e reintrodução de espécies ameaçadas globalmente.
Em apoio ao Projeto Ararinha-Azul, a Vantara e o GZRRC estabeleceram um centro de ponta na Índia e patrocinaram a transferência e reintrodução estratégica das aves, alinhando seus esforços aos protocolos internacionais e promovendo a colaboração entre governos, ONGs e parceiros globais.
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